Hoje me sentei em frente ao computador a fim de concluir minha lista, e em meio espirros e tosses carregadas de catarro, buscava argumentos válidos para colocar Minerva McGonagall antes de Severo Snape, fui surpreendida por um ficheiro, digamos assim, bem inoportuno para o momento : Harry Potter, o perigo oculto do menino bruxo. Seguido pela indicação: Desmascarando Harry Potter. Depois de respirar fundo (muito fundo) comecei a ler os curiosos e maçantes artigos, repletos de clichês e argumentos dignos de quem se baseou nas primeiras páginas do primeiro volume e nas sinopses das produções cinematográficas para escrever um livro sobre as crenças religiosas, perigos do ocultismo, bruxaria, feitiçaria, alquimia, lendas, quimeras e, como foi mesmo que o autor disse? Ah, é... Mau agouro e conjuros em cemitérios.  A pessoa precisa ser tão paciente para escrever uma coisa dessas quanto para ler depois. Particularmente eu não acredito em nada disso, na verdade, num mundo onde existem campanhas e mais campanhas da popularização da leitura, num país onde a educação é decadente, é atordoante saber que quando jovens e crianças se interessam pela leitura de algo são censuradas por críticas tão antiquadas. Não escondo que sou fã da série, até porque não me surpreendo da mesma fazer tanto sucesso, pelo andar da carruagem precisamos mesmo procurar algo fantasioso que seja divertido, já que há muito, a realidade não proporciona isso.
Em um dos artigos, o Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa diz: " Pessoalmente não conheço nenhum pai cristão que tenha presenteado um manual de bruxaria ao seu filho. Contudo, conheço alguns genitores que ingenuamente deram a seus filhos um manual de bruxaria camuflado – um dos livros da série Harry Potter". Oh Céus, pensei comigo, eu devo ser mesmo muito burra para não ter aprendido nada em sete anos consecutivos de leitura! Pra que todo esse alvoroço? As pessoas não conseguem mais ler um livro e simplesmente se deliciar e se divertir com a história, sem ficar pensando no que haverá de sujo por trás dela? Disseram ainda que o livro desestimula a boa leitura pois é escrito em uma linguagem horrorosa, compostas por frases gastas e de segunda mão. Ok, então façam as crianças lerem "O Príncipe" de Machiavel, ou quem sabe "O Direito à Preguiça" de Paul Lafargue... Oh! Preferem autores brasileiros? Que tal meu irmão de 12 anos lendo "Capitães de Areia" de Jorge Amado, será que ele vai gostar? Talvez ele se identifique melhor com "Senhora" do José de Alencar não é mesmo? Nosso grande problema é ver maldade e más intenções em tudo, é não saber distinguir realismo de realidade, é aceitar que alguém compare tão claramente Harry Potter com Jesus Cristo como fez Jehozadak A. Pereira , Jornalista e escritor americano em 2001 ao escrever : " O Senhor Jesus foi ao templo com doze anos presumivelmente; Harry Potter foi com onze anos para a escola. Todos querem conhecê-lo pessoalmente; ele é venerado, adorado, invejado e odiado. Também é o único que pode lutar e vencer seu inimigo mortal", sinceramente não entendo como alguém pode fazer tal comparação num artigo do qual o único fim é vender um título de críticas a Harry Potter.
É realmente uma pena que haja tão poucas mentes abertas que apenas lêem e se divertem, sem se preocupar com os pré-conceitos estipulados pela sociedade e pela religião, que olhem todos os livros com sede de um simples conhecimento divertido. Seríamos muito mais felizes se lêssemos mais, se aprendêssemos mais e se nos divertíssemos mais. Se lêssemos não só livros, mas se estivéssemos abertos a cada vez mais coisas novas, músicas novas, culturas novas, pessoas novas e é claro, livros novos. Como já dizia São Tomás de Aquino, "Temo o homem de um livro só".
Em um dos artigos, o Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa diz: " Pessoalmente não conheço nenhum pai cristão que tenha presenteado um manual de bruxaria ao seu filho. Contudo, conheço alguns genitores que ingenuamente deram a seus filhos um manual de bruxaria camuflado – um dos livros da série Harry Potter". Oh Céus, pensei comigo, eu devo ser mesmo muito burra para não ter aprendido nada em sete anos consecutivos de leitura! Pra que todo esse alvoroço? As pessoas não conseguem mais ler um livro e simplesmente se deliciar e se divertir com a história, sem ficar pensando no que haverá de sujo por trás dela? Disseram ainda que o livro desestimula a boa leitura pois é escrito em uma linguagem horrorosa, compostas por frases gastas e de segunda mão. Ok, então façam as crianças lerem "O Príncipe" de Machiavel, ou quem sabe "O Direito à Preguiça" de Paul Lafargue... Oh! Preferem autores brasileiros? Que tal meu irmão de 12 anos lendo "Capitães de Areia" de Jorge Amado, será que ele vai gostar? Talvez ele se identifique melhor com "Senhora" do José de Alencar não é mesmo? Nosso grande problema é ver maldade e más intenções em tudo, é não saber distinguir realismo de realidade, é aceitar que alguém compare tão claramente Harry Potter com Jesus Cristo como fez Jehozadak A. Pereira , Jornalista e escritor americano em 2001 ao escrever : " O Senhor Jesus foi ao templo com doze anos presumivelmente; Harry Potter foi com onze anos para a escola. Todos querem conhecê-lo pessoalmente; ele é venerado, adorado, invejado e odiado. Também é o único que pode lutar e vencer seu inimigo mortal", sinceramente não entendo como alguém pode fazer tal comparação num artigo do qual o único fim é vender um título de críticas a Harry Potter.
É realmente uma pena que haja tão poucas mentes abertas que apenas lêem e se divertem, sem se preocupar com os pré-conceitos estipulados pela sociedade e pela religião, que olhem todos os livros com sede de um simples conhecimento divertido. Seríamos muito mais felizes se lêssemos mais, se aprendêssemos mais e se nos divertíssemos mais. Se lêssemos não só livros, mas se estivéssemos abertos a cada vez mais coisas novas, músicas novas, culturas novas, pessoas novas e é claro, livros novos. Como já dizia São Tomás de Aquino, "Temo o homem de um livro só".
 
 
3 comentários:
Oh sim, acompanho Harry Potter desde os 13 anos, e pra quem me conhece é praticamente evidente que desde dessa época eu pratico feitiços, freqüento seitas, e sacrifico cabras... ¬¬
Esse povo devia largar a mão de ser chato e deixar os outros em paz. O que eles querem é faturar “alguns” em cima de uma serie que faz tanto sucesso. Em todos os livros que eu li da serie não encontrei mensagem nenhuma que significasse “Sua alma vai direto para o inferno, Agora!”. Isso é ridículo! Nunca deixei de ler/ouvir/assistir (e por aí vai) uma coisa por questões de “o que teria por trás dela”, digamos assim. Sempre tive consciência que certas coisas servem para se divertir, que poderia aprender algumas coisas e que outras eu não deveria fazer nunca.
Às vezes acho que muitas pessoas subestimam o intelecto dos mais jovens, assistia filmes de terror desde os 5 anos, via todos os desenhos “proibidos” na época, jogava aqueles jogos que explodiam as cabeças dos inimigos, e vejam só, a única coisa que tenho coragem de matar nessa vida são pernilongos e baratas!
Essas pessoas não devem ter tido infância...
É patético ver alguém julgando uma coisa que não conhece, ou conhece superficialmente. Eu nunca li HP,e nem nunca vi nenhum filme. Não tenho absolutamente nada pra dizer contra ou a favor. Mas sou contra quem gosta de "espiritualizar" tudo e acabar com o fio do gosto pela leitura em algumas crianças.
Se HP fosse mesmo tão terrível, milhões de crianças do mundo inteiro sairiam por aí fazendo as bruxarias que aprenderam nas séries e detonando a moral, paz e bons costumes.
Concordo com seu texto do início ao fim e jamais poderia imaginar meu irmãozinho de 12 anos lendo Dom Casmurro.
é tudo verdade!!!
parabéns pelas palavras.
tem muita gente por ai bitolada que vê problemas em tudo.
não acreditam nem em si mesmos, veem problemas em tudo... idiotas!
bjo bom texto!
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